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Monday, August 31, 2015

Leituras de Verão...


não sei se existem leituras de Verão.

O tempo é mais longo, diz-se, e propicio a leituras…

Lê-se na praia? Na esplanada? À sombra de uma árvore?

Ler é bom e faz bem à saúde – costumo dizer isto aos meus alunos.


Neste tempo de Verão li livros muito interessantes.

Livros de mulheres escritoras e que, de uma forma ou de outra, neles debatem a condição da MULHER em diferentes partes do Mundo e em diferentes culturas.

Recomendo-te a leitura de: «A COISA À VOLTA DO TEU PESCOÇO» da escritora Nigeriana, Chimamanda Ngozi Adichie.

É um livro de contos e em cada um deles há uma mulher com um dilema ou em conflito com a família ou com costumes da sua cultura de origem e ou mesmo com a cultura do país onde se encontra.

E Chimamanda, através da sua escrita, luta contra a «verdade única», a imposição de uma visão única do mundo…como único caminho a seguir.


Outro livro que deves gostar de ler, da escritora Siri Hustvedt: « VERÃO  SEM HOMENS».

O título já é por si provocador…

Nele a escritora faz uma reflexão sobre o casamento, a rotura, o envelhecimento e a solidão. Embora a temática seja dolorosa a sua escrita tem uma leveza que nos comove e um sentido de humor que nos faz rir.


O terceiro livro é da escritora Rosa Montero: « A RIDÍCULA IDEIA DE NÃO VOLTAR A VER-TE». Neste livro há uma viagem pela dor da perda irreparável – a morte de alguém a quem amamos. Há a evocação da perda sofrida pela própria escritora associada à vida de Marie Curie: a sua vida dura enquanto mulher de ciência num mundo tradicionalmente masculino, com as suas dores, amores e perdas.


Os três livros narram vidas de mulheres no seu contexto cultural, social e familiar. Neles encontramos muito de todas nós, dos nossos sonhos e expectativas e das lutas travadas e a travar num mundo que não mudou assim tanto…



«…de repente, tive pena de todos nós, seres humanos, como se tivesse sido transportada subitamente para o céu e, como um omnisciente narrador num romance do século xix, contemplasse lá de cima o espectáculo da humanidade imperfeita a desejar que as coisas fossem diferentes, não completamente diferentes, apenas o suficiente para nos poupar um pouco de dor aqui e ali. Era um desejo modesto, não uma fantasia útopica, apenas o desejo de uma narradora sã de espírito que abana a cabeça ruiva com as suas madeixas grisalhas e lamenta profundamente, lamenta porque está certo lamentar as infindáveis repetições de maldade e violência e mesquinhez e dor. »

                                                         In « Verão sem Homens»

Vale a pena ler.


Até breve



Wednesday, August 26, 2015

Post do dia...


Hoje impõe-se a escrita deste post.  É para ti.

Este dia é teu e quero-o pleno de risos e gargalhadas felizes.

Lembrar que te tenho comigo há 24 anos; anos de alegria, doçura, trocas de escritas, de longos silêncios em conjunto, de partilha de livros e de histórias, de viagens inesquecíveis…numa caminhada tão boa de fazer.

Hoje o dia pertence-te, é teu, é de celebração e de festa.

Aplausos para ti, para a menina que há em ti, cheia de luz rosada e que me trouxe muita felicidade.

Parabéns filha minha.