Chegaram. As [Águas de Março]. Sempre gostei desta música, mas agora, faz mais sentido que nunca. No espaço de quatro semanas atravessamos um mini-verão e, com o vento-sul, chegou
o Outono. Aqui, na ilha, o Outono é o nosso Outono. Não é o do Nordeste ou do interior. É chuvoso, escuro e frio. A esperança está em que aconteça o mesmo que o ano passado, e este outono seja assaltado por maravilhosos dias de verão que me tragam de novo o cheiro a quente e o sol.
o Outono. Aqui, na ilha, o Outono é o nosso Outono. Não é o do Nordeste ou do interior. É chuvoso, escuro e frio. A esperança está em que aconteça o mesmo que o ano passado, e este outono seja assaltado por maravilhosos dias de verão que me tragam de novo o cheiro a quente e o sol.
Mas, faz parte. Com ele, começaram as aulas. Continuar o mestrado que ficou em aparente, e curto, stand-by, em Lisboa. Aulas de conversa e debate intenso, leituras atrás de leituras e eu, não só a tentar pôr-me a par, mas a tentar fazer o click que me desperte deste trabalho a tempo inteiro que tem sido estar com ela e aprender a ser mãe. Desligar-me dela (não sei se será esta palavra, porque, desligar, é, bom, impossível, mas fica a ideia) e permitir-me a mim mesma um espaço só meu, permitir-me, novamente, ao meu próprio crescimento e retornar à consciência de mim, da minha juventude, da minha vontade de viver, conhecer, experimentar. Crescer. Este é um espaço para isso. Não só para isso. Mas, nesta fase da minha vida, também para isso.
Quero retornar a mim mesma, trazendo comigo todo esta nova forma de viver e ver o mundo. Juntar as peças.
Chegaram as águas de Março. O cheiro a terra molhada. O conforto da chávena de chá. A vontade de mergulhar nos livros.
Chegaram as águas de Março e com elas a vontade de recolher [para despertar].
São as águas de Março fechando o Verão
A promessa de vida no meu coração...
Fica a música que faz de soundtrack para este momento.